Já que a Greice andou falando sobre traição, hoje lendo a revista Caras ( sim meninas, tem coisas aproveitáveis para ler, e não só fotinhos e idades para xeretarmos, rs) me deparei com uma matéria que achei muito boa.

Quem de nós já não foi ferido, magoado num relacionamento amoroso? Quem de nós não se decepcionou seriamente? Quem de nós não desejou ao outro a mesma dor que eles nos provocou? Eu não falo só de traição, falo de pequenos atos, palavras e atitudes que ao longo dos dias, meses e anos vão se sucedendo e nos ferindo.

Nem precisam responder, porque eu sei que a grande maioria já passou por tal situação.
Existem erros possíveis de serem absolvidos e aceitos, e nossa alma restaura-se com relativa facilidade, mas existem circunstâncias que atingem a região do sagrado e são difíceis de tolerar.



Como agir? Desculpar, perdoar, ou se vingar?

Como certas dores são tão, mas tão profundas e sentimos tanto rancor, raiva, mágoa e indignação, e por não conseguirmos comunicar ao nosso agressor a dimensão dessa nossa dor, tendemos a ter fantasias de vingança.
E a vingança nada mais é do que uma forma de expressarmos a nossa terrível dor de uma maneira que o outro consiga compreendê-la na sua total dimensão. Portanto a vingança torna-se uma forma de comunicação. ( sabe eu gostei bastante dessa explicação, pois no fundo eu acho ela totalmente verdadeira, e que muitas vezes ao dizermos isso as pessoa interpreta como se nós as vítimas, por querermos que os outros se sintam no nosso lugar, somos pessoas más, vingativas, ruins, quando queremos apenas expressar nossa dor e que ela seja compreendida).

E que perdoar um erro é bem diferente de desculpar, pois quando se desculpa alguém o que se faz é isentá-lo de culpa, fazer com que desapareça de modo mágico a dor. Negar a agressão não é saudável, por isso não se deve desculpar o fatoso, e é falta de caráter deste desejar que sua culpa seja simplesmente apagada.

Já perdoar implica preservar a oportunidade de que o outro de fato errou, admite seu erro e se envergonha do seu ato e não reincida, pois para uma dor sofrida, a cicatrização é o melhor caminho, já que não existe uma plástica para nossa alma.

Espero ter conseguido passar um pouco desta belíssima reportagem que eu li e que com certeza me fez pensar e refletir muito.

Será que vocês também conseguiram me entender?


2 Comentários

  1. Rcolaboradora,

    claro que foi possível te entender.

    Apesar de o texto afirmar que a vingança é uma forma de comunicação, eu discordo. Para mim, a vingança é uma p%#@ perda de tempo, mesmo que o erro cometido pela outra parte seja gravíssimo. A única mensagem que a vingança passa é “estou me rebaixando ao teu nível”. Isso não é comunicação. Se chegou a esse ponto, o melhor que tu fazes é seguir em frente.

    Já a diferença entre “desculpar” e “perdoar” é muito sutil. Cometer um erro não significa, necessariamente, fazê-lo intencionalmente. Quem nunca, num momento de raiva, disse coisas sem pensar? Quem nunca pensou mal do outro e depois descobriu que era tudo fantasia da sua própria cabeça?

    Há casos e casos, eu sei, mas certas atitudes ingênuas são desculpáveis e podem muito bem ser guardadas no fundo da gaveta.

    Já a palavra “perdão” me soa muito mais forte. Sempre que a ouço me dá a ideia de “passar por cima de uma falta muito grave, onde um dos envolvidos é uma tremenda vitima, o outro um extremo canalha e ambos fingem que nada aconteceu”. E aí? Dá pra encarar?

    Acho que poucos conseguem, né? A pessoa tem que ser dotada de um espírito muito elevado e acreditar piamente na redenção alheia pra conseguir seguir adiante. Nossa! Alguém assim vai direto pro céu, sem escalas.

    A verdade é que, na maioria dos casos, nem com um caminhão de boa vontade é possível perdoar. O que é até melhor, diga-se de passagem, pois abre as portas para encontrar alguém que preste!

    Por fim, o que mais observo hoje em dia é a dificuldade das pessoas em admitirem seus próprios erros. Vivemos num mundo tão egocêntrico onde cada um se acha o dono absoluto da verdade e só consegue ver defeitos nos outros, que a intolerância virou palavra de ordem.

    Apesar dos pesares, continuarei acreditando em “segunda chance”. Isso porque certas relações são arruinadas por conta de desentendimentos bobos, nos quais um simples diálogo resolveria, onde os problemas e as críticas possam ser expostos sem ódio, sem rancor e sem soberba. Sem dúvida, isso tornaria a relação mais íntima e o casal mais feliz.

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  2. Não sei se acredito em segundas chances. O que deveria ser feito, poderia ter sido feito na primeira....

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