Como estou viciada nas histórias que tenho achado no Unlimited da Amazon, agora trago mais duas mini-resenhas de contos que achei. Espero que vocês curtam e que gostem destas histórias rápidas que trago aqui.



PARADA RÁPIDA
Jorge Alexandre Moreira
Páginas: 50

“Ronald Jofre nunca soube dizer – e não foram poucas as vezes que isso lhe foi perguntado – a razão pela qual havia parado naquele posto de gasolina, em particular.”
Ronald e Renata cruzam o Paraná, a caminho do Rio. É daqueles dias tediosos de fim de viagem, de horas longas e pouca conversa.
Tudo muda quando eles passam por um posto decrépito na Rodovia Régis Bittencourt. O lugar é horrível, mas a gasolina é barata e Ronald decide parar, apesar dos protestos de sua mulher. Ele vai ao banheiro mas, quando volta, o carro desapareceu. Renata também. Os frentistas não viram nada. Ninguém sabe dizer o que aconteceu.
Uma teimosia tola, uma economia irrisória, uma decisão enganosamente trivial.
Por acaso ou destino, Ronald e Renata mergulham de cabeça em um turbilhão de violência, loucura e morte. E nas traiçoeiras estradas paranaenses, uma desesperada corrida pela sobrevivência está prestes a começar.

Ronald e Renata estavam voltando calmamente de suas férias em Santa Catarina em um carro alugado. Moravam no Rio de Janeiro e decidiram que fazer o trajeto de carro seria a melhor opção. Quando avistaram um posto de gasolina com um preço muito parado a decisão de Ronald no exato momento foi parar para encher o tanque, afinal como o carro era alugado não haveria problema se o motor desse algum tipo de problema.

Quando parou no posto, Ronald percebeu que talvez tivesse cometido um erro. O lugar era muito estranho, totalmente antigo e com ninguém à vista. Quando apareceu um senhor muito lentamente para oferecer os serviços. Deixou a mulher no carro e decidiu ir até o banheiro.

“Renata olhou para o lado e congelou – a boca aberta, o Iphone pendendo de dedos frouxos, Helena Gomes esperando uma resposta que não iria chegar.”

E quando Renata estava esperando o seu marido, olhando as novidades no celular, olhou para o lado e viu um homem imenso, três vezes o seu tamanho entrar no carro e começar a gritar que “Vamos Sim” e arrancar o carro no momento em que ela tentava sair correndo.

E foi então que todo o pesadelo começou.

Eu comecei a ler esta história imaginando um conto de terror, mas não é bem isso. Não deixa de ser aterrorizante por um aspecto psicológico, mas não é de terror. Mas honestamente o autor tem uma forma excelente de colocar a forma de cada personagem de ver o mesmo fato acontecendo com uma visão diferente. 

E o que ele criou com o personagem que entra o carro é bastante pesado. Não é uma história fácil de ser lida pela questão psicológica, mas senti tanto pena quanto rancor ao mesmo tempo. O final é muito bem elaborado e consumi tudo de uma vez só. Uma ideia bastante inteligente que teve início, meio e fim!




BAILE ESPECTRAL
Beatriz L. Matero
Páginas: 44


Ana estava vivendo sua rotina universitária tranquilamente até que o espectro azul de Samuel surge no meio da sua sala de estar alegando ser sua alma gêmea e acusando-a de ter desencarnado de seu corpo - por culpa única e exclusiva da garota - a qual não casou-se com o rapaz em 1870.
Furioso e cansado - também, quem não ficaria assim ao perder sua alma - Samuel transporta Ana no tempo, de volta para o baile de solstício de inverno, onde a moça contará apenas com algumas horas noturnas para desfazer seu noivado com o Conde Dinapoli e casar-se com Samuel antes do amanhecer.
Em um misto entre contemporâneo e romance de época, Ana e Samuel descobrirão que o inevitável destino cabe apenas as suas próprias escolhas.

 Ana é uma garota que já está terminando seu primeiro ano da faculdade de literatura e cansada com os tipos de livros que a professora tem dado para ler. O que ela quer é desafios e parece que consegue quando um espectro totalmente azul aparece no meio da sala e fica olhando com um ar completamente bravo para ela. Quando ela tenta se aproximar ele some.

Como se aquilo fosse completamente normal, ela segue sua vida e vai para casa tentar descansar um pouco. E mesmo assim está lá novamente. Aquele espectro. Porém desta vez ele começa a falar e a culpa-la por ele estar morto e não conseguir voltar à vida novamente pois ela não cumpriu com o seu papel no ano de 1870 e agora ela deveria seguir com ela novamente até aquele ano e seguir suas instruções.

“ – Vamos lá, Ana. Conte a ele que esse noivado não passa de uma farsa? – Caio, também conhecido como Conde Dinapoli, apontou o dedo para a curvilínea garota sentada em sua desgastada poltrona de negócios.”

Ana não acreditava nem um pouco que fosse capaz de ter feito qualquer coisa e achou engraçada aquela reação e quando de repente foi levada para um lugar diferente em meio a uma mansão em roupas do século retrasado é que viu que realmente tinha uma missão a cumprir para poder salvar a vida de um garoto que estava na sua frente: lindo, bem vestido e totalmente diferente.

Gente, eu adorei esta história. A forma como a autora criou o cenário na época atual e depois levou os personagens para o ano de 1870 criando um enredo tão inteligente foi muito divertido. O mais legal é que tem todo um contexto, como se fosse uma noveleta de época e ainda por cima cheia de reviravoltas. 

No fim de tudo eu fiquei querendo mais e desejando ser amiga de Ana e da forma como ela acabou descobrindo tudo através de lembranças. E como Samuel pode redescobrir toda a sua história. 







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