Jonas está quase completando seus doze anos e vive em uma das muitas comunidades onde tudo é perfeito. Nada sai do controle. Todas as pessoas trabalham, estudam e seguem um padrão correto conforme as regras impostas. Cada unidade familiar é representada por um filho e uma filha nascida de mulheres que possuem atribuição para ser mães, depois um pai e uma mãe. Não há nenhum tipo de envolvimento amoroso. Na verdade, não há nenhum tipo de sentimento nestas comunidades, pois eles não tem lembranças, nem sonhos ou algo relacionado ao passado.

Jonas está próximo de sua cerimônia final de atribuição, onde será nomeado a receber sua função para o resto de sua vida. Sua mãe ocupava um cargo no departamento de justiça e seu pai era Criador e trabalhava com as crianças recém nascidas.

No dia de sua nomeação, jonas estava muito nervoso. Quando começaram a chamar os nomes e as atribuições, Jonas viu seu melhor amigo Asher ser nomeado Diretor Assistente de Recreação. Viu sua amiga Fiona ser atribuída como Curadora de Idosos e mais do que isso, viu todos serem chamados, menos ele. Ao final de tudo isto, já apavorado, Jonas foi chamado pela anciã-chefe e sua atribuição foi dada: seria o novo recebedor de memórias.

Um recebedor de memórias era raro. Era o responsável por receber do doador de memórias tudo o que ninguém podia lembrar-se, tudo o que estava escondido, o que havia nos livros,o que ficara para trás e acima de tudo, todas as emoções. A partir de agora ele poderia mentir e agora, ele precisaria mentir. Quando começou o treinamento, Jonas sentia-se especial. Ninguém enxergava nada, não havia cores nas comunidades, e as pessoas após um certo tempo iam para a comunidade de Alhures. Ninguém morria, afinal. 

Mas a verdade veio à tona. O Doador de Memórias precisava mostrar a Jonas o que havia de verdade no mundo. E quando Jonas começou a sentir as dores e não só a alegria, percebeu que foi enganado durante todo este tempo. Agora precisava se decidir sobre o que queria fazer realmente. Seguir sendo um recebedor de memórias normal ou tentar salvar as pessoas a voltarem e recuperarem suas lembranças?


Autora: Lois Lowry
Título Original: The Giver
ISBN: 9788580412994
Páginas: 192
Ano: 2014 
Gênero: Ficção / Romance
Editora: Editora Arqueiro








O Doador de Memórias para citar uma informação, é uma saga de quatro livros, porém pelo que li sobre, a sequência é de nome A Escolhida e não segue a sequência do livro, pois segue por outro caminho e somente no último livro vai haver uma retomada do primeiro livro, mas pequena.

Eu acabei assistindo o filme antes de ler o livro e posso ser bem honesta em dizer que eu prefiro o livro ao invés do filme, mas claro que explicarei os motivos. 

O Doador de Memórias é um livro curto e, desta forma, é bastante rápido e suas ações e reações. A premissa do livro é bastante interessante e todo o contexto desenvolvido na narrativa nos faz pensar muito em tudo o que acontece conosco e tudo o que fazemos. Em certos momentos do livro fiquei pensando no filme Matrix e em como parece que nosso mundo às vezes pode estar sendo como um complô, em que somos guiados a tomar atitudes conforme o desejo dos governantes e isto é bastante destacado no livro. O ponto sobre o Doador é muito tocante, pois ele precisa guardar para si o peso de todas as lembranças, tanto alegres quanto as doloridas e isso demonstra o quanto isso pode destruir uma pessoa.

Em relação ao filme, ele é totalmente diferente. As atribuições dos amigos de Jonas são diferentes para poder dar uma sequência adequada ao filme. O local onde o Doador de Memórias mora é estratégico e até a forma como ele passa as memórias é diferente e bem mais persuasivo para quem assistindo. 

O filme é incrível. As emoções que Jonas recebe são infinitas e me fizeram chorar. Você percebe o valor que a vida tem quando nota que uma comunidade é capaz de estar vivendo em preto e branco, sem emoção nenhuma para não sofrer com aquilo que as emoções causam.

Mas tem partes do livro que gostaria de ter visto no filme também. Coisas que Jonas nunca viu na vida e ele encontra e não sabe sequer como descrever aquilo.

Em suma, é um resultado completamente perfeito. É totalmente humano e sensível e leva ao coração o que de melhor o ser humano não deve esquecer e partes daquilo que ele deve evitar. Você pensa que as pessoas que criaram a comunidade são ruins, mas na verdade elas só querem proteger uns aos outros e a pergunta que fica é: o que melhor seria, afinal?







5 Comentários

  1. Oi, Greice!
    Eu, sinceramente, preferi mais o filme. Gostei do livro, mas deixou à desejar. Sem falar que o final foi muito vago e decepcionante. O filme soou mais completo para mim.
    Quero ler a "sequência" e espero gostar.
    Fico feliz que você tenha curtido a leitura.
    Abraço!

    Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.com

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  2. Greice está aqui um livro que quero ler, até já comprei meu exemplar e quero ver o filme, não sei o que esperar, mas tenho certeza que farei um comparativo sim, mas dizem o a adaptação não conseguiu um bom desempenho =/ Uma pena né?!

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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  3. Oi Gre,
    Melhor seria se as pessoas pudessem optar, mas após se emocionar e ver como a vida vale a pena, duvido que gostariam de continuar na mesmice. A vida é fantástica pelas provas que temos, pelas cores e a maneira como ultrapassamos tanto os momentos ruins como os bons. Ta sabendo né? Quero ler esse livro kkkkk.....beijos Elis!!!

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  4. Oie Greice =)

    Tenho esse livro em ebook, mais ainda não consegui ler ele.

    Li resenhas bastante positivas e estou bem curiosa.

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary


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  5. Oi Leandro, eu também gostei muito do filme, os dois são ótimos de maneiras bem diferentes!

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