E então falamos da tão aclamada obra da autora Jennifer Niver, que virou um best-seller e milhões de pessoas leram mundo afora e aqui no Brasil também virou febre. E logicamente a Netflix aproveita estes filmes mais adolescentes e leva para o seu serviço, fazendo gerar lucro.

FILME: Por Lugares Incríveis

NOME ORIGINAL:  All The Bright Places

NACIONALIDADE: Estados Unidos

DURAÇÃO: 1 Hora e 47 minutos

ANO: 2020

GÊNERO: Romance/Drama



Violet Markey (Elle Fanning) e Theodore Finch (Justice Smith) têm suas vidas transformadas para sempre quando se conhecem. Juntos, eles se apoiam para curar os estigmas emocionais e físicos que adquiriram no passado.


Já tenho que começar dizendo que o livro é muito, mas muito mais que o filme. É aquela coisa de que todo mundo diz que o livro é sempre melhor que o filme? Bom, eu sou honesta em dizer que muitas vezes o filme fica igual, outras piores e outras melhores. No caso de Por Lugares Incríveis foi um assassinato de enredo.

Quando se inicia um livro de uma forma e no filme já se começa de outra forma eu desconfio. A base de tudo já começa a ser modificada onde o ato central pode vir a tratar da interpretação total da trama, onde nos primeiros atos cria-se uma imagem dos personagens e é aí que os roteiristas e diretores pensaram que seria melhor rever já o início. Tum! Tiro no pé!



Se não formos levar isto em consideração já completo que o filme tem um tema forte. Filmes onde são tratados questões mentais, um tema muito a ser discutido na atualidade. Assim, é preciso ter explicação, ter sentido, ter uma sensação para que quem passe por isto se sinta compreendido e para quem não tenha conhecimento não reaja com preconceito. Mas ao encaminhar dos minutos vai sendo tudo engolido hora por uma tentativa de salvamento através de um romance ou por cortes de diálogos que não levam a nenhuma saída do que está acontecendo.

Os dois personagens passam por problemas mentais, depressão, luto, bipolaridade, ansiedade, tudo vem a ser tratado em uma esteira de corrida que dá vontade de chorar. No livro, o personagem de Theodore Finch passa o tempo todo buscando a melhor forma de cometer suicídio. Veja bem o sentimento pesado da história! No filme, Violet Markey também pensa no suicídio e desta forma eles se encontram e um tenta ajudar o outro, sendo que aparentemente somente Violet mostra seu lado depressivo, sendo que ela perdeu sua irmã em um acidente.



Theodore Finch é conhecido como a “Aberração” na escola e eu não consegui identificar muito o que seria a problemática dele na história, sendo que ele some por alguns dias pois precisa colocar os pensamentos em ordem. Para mim como espectadora não ficou claro o que acontecia com ele, porém sabe-se que ele sofre de certos traumas familiares e não consegue se abrir com ninguém.

Claro que, no que tange a história, sobre a amizade dos personagens, de Finch querer mostrar que tudo tem esperança para Violet, é sensível e as partes finais emocionam de verdade, mas faltou muita explicação. Parece que a obra em si é uma pessoa que quer fazer a outra conhecer lugares legais para ajudá-la a sair do luto, mas seria necessário bem mais tempo para concentrar a realidade da narrativa.


Apesar de a atriz ser a Elle Fanning, faltou interpretação. O tempo todo parecia uma boneca de pano parada, olhando para o nada. O intuito era o luto? Não conseguia despertar nem esta sensação. Olhar gélido, sem paixão, sem graça.

Logicamente estou escrevendo tudo isto pela perspectiva de alguém que já conhecia a leitura do livro. Para quem vai se jogar no filme sem nenhum conhecimento pode gostar da trama como algo mais simplório, com um final que arranca o coração e marca de verdade, pois tem uma mensagem bem interessante no final. Acho que esta era a ideia, afinal. Fazer chocar. E neste quesito o filme realmente consegue.


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