Jolene é uma adolescente de 17 anos que está vendo seus pais se arruinarem coma bebida. Sempre enfrentou a briga constante dos pais e a luta de ver a mãe implorar um amor que não existia. Via ela ficar esperando pelo marido horas a fio enquanto ele ia embora por dias ou semanas e, quando resolvia aparecer, agradecia pela sua volta. Mas isto não durou muito e um acidente os levou. Assim Jolene aprendeu desde muito cedo o que era viver sem o amor dos pais e a se virar sozinha.
Jolene decidiu que o melhor ao chegar aos 18 anos seria entrar para o exército. E foi lá que conheceu Tami, sua melhor amiga, que compreendia a sua dor e estava ao seu lado o tempo todo. Jolene e Tami se tornaram pilotos de Black Hawk, helicópteros potentes que faziam as duas serem felizes com o trabalho de meio período na Guarda Nacional.
Agora Jolene estava com mais de quarenta ano, era casado com Michael, um advogado que recém perdera o pai e estava passando todo o seu tempo no trabalho, afundado em processo para ver se conseguia abandonar a dor do luto. O relacionamento não era mais o mesmo e até mesmo suas duas filhas, Betsy, de 12 anos, e Lulu de 4 anos, estavam percebendo a distância do pai. A família até então sempre fora feliz e perfeita, mas algo dizia que estava se rompendo e que tudo iria ruir.
Em um dia normal, após o 11 de setembro que acabou deixando os Estados Unidos totalmente desarmados, a guerra no Iraque começou a recrutar soldados para a batalha. E foi neste dia que Jolene e Tami receberam a convocação. Elas jamais imaginaram que isto poderia acontecer, por mais que fossem treinadas por mais de vinte anos. A guerra parecia algo inexistente para muitos, mas quem convivia com isso sabia que muitos pais, mães e filhos nem sequer voltavam mais de lá. E depois de uma briga Michael acaba dizendo que não ama mais a mulher e ela decide ir para a guerra.
A honra de lutar pelo país sempre foi muito forte no peito de Jolene e mesmo sabendo que abandonar suas filhas detona seu coração, precisa fazer aquilo por tudo que sempre acreditou. No Iraque percebeu a verdade sobre a dor da guerra e a verdade que a televisão não contava. E Michael, que ficou em casa e começou a perceber que o que falara para a esposa não passava de um mau momento, queria seu perdão.
Um perdão que era quase impossível. O que uma família separada por uma guerra pode sofrer? O medo da morte diariamente. O pavor de lidar com a realidade todos os dias e tentar entender o real motivo para tudo aquilo aos poucos vai se tornando maior e a distância é tão dura que nem sempre será possível retornar.