🌟LIVRO: A Estrada Lincoln

🌟AUTORA: Amor Towles
🌟EDITORA:
Intrínseca
🌟PÁGINAS:
 576
🌟LIDO DATA: 11/2024
🌟Nota: 4/5
🌟INSTAGRAM: @blogandolivros


SINOPSE:



Em junho de 1954, Emmett Watson, um jovem de dezoito anos, é levado para casa, em Nebraska, Estados Unidos, pelo tutor da instituição juvenil onde ficou internado por quinze meses após ter cometido um homicídio culposo. Sem a mãe, que foi embora de sua vida anos antes, o pai, que morreu recentemente, e a propriedade da família, tomada pelo banco, Emmett só quer pegar o irmão mais novo, Billy, e partir para a Califórnia, onde poderão começar uma nova vida.


Mas quando o tutor Williams vai embora, Emmett se depara com dois amigos da instituição ― o astuto e carismático Duchess e o zeloso e nada convencional Woolly ―, que fugiram escondidos no porta-malas do carro que o trouxera. Agora, juntos, os quatro pegarão a estrada e terão que conciliar os diferentes planos para o futuro ― um dos quais os levará a uma fatídica jornada a Nova York, direção oposta ao destino final de Emmett.



HISTÓRIA COM SPOILER DO LIVRO


Nebraska é a cidade em que mora Emmett Watson e Billy Watson. Emmett cometeu um crime quando em uma briga com um colega de sua cidade, sem querer ele caiu com a cabeça no chão e acabou em óbito. Assim Emmett acabou ficando 15 meses em Salina, no Kansas, uma instituição penal para menores.

Com o falecimento de seu pai, ele conseguiu retornar antes para Morgen, uma pequena cidade. Lá soube que a fazenda de seu pai estava cheia de dívidas e o banco a tomaria.

Billy já tinha seus oito anos de idade quando seu irmão completou 18 anos. Agora o que ele mais queria era seguir os cartões postais que sua mãe foi deixando ao longo de 9 dias depois de tê-los abandonado. E tudo indicava que ela estaria em São Francisco, na Califórnia. Sua mãe amava o 4 de julho e eles queria estar lá na próxima data, pois provavelmente encontrariam sua mãe.

A ideia de Emmett seria a de comprar casas, consertá-las e depois vende-las, já que tinha se tornado marceneiro, porém a falta de verbas era um problema. Ele tinha um carro Studebaker Land Cruiser 1948 que tinha poupado para conseguir. E seria nele que eles iriam embora.

Billy amava seu livro sobre heróis que o professor Abernath havia escrito e foram poucas as coisas que ele colocou em uma mala.
Sally fora a vizinha que cuidara de Billy durante o tempo que Emmett passou fora, e ela morava com seu pai em uma fazenda, querendo melhores coisas para si.


Acontece que Duchess e Wolly também estiveram em Salina. Duchess por seu pai, que era um ator, ter mentido sobre o menino ter roubado um relógio de um amigo que morrera e Wolly porque achou um caminhão de bombeiros parado, e achou que deveria leva-lo ao lugar certo. Acontece que Wolly tinha problemas mentais e não sabia exatamente o que estava fazendo.


Duchess foi deixando pelo seu pai em um orfanato quando era mais jovem para aproveitar a vida de ator e depois retornou para buscá-lo. Já Wolly era de uma família muito rica e seu bisavô havia deixado uma fortuna de 150 mil dólares para ele na casa de praia da família.

A ideia era Emmett pegar Billy e irem direto para a Califórnia, porém os outros dois amigos precisavam de carona para chegarem até a estação que os levaria para Nova York. E foi quando em uma visita ao seu antigo internato que Duchess rouba o carro de Emmett, dizendo que só vai até a casa de Wolly pegar o dinheiro e voltar.

A ideia de todos era atravessar a Estrada Lincoln, a estrada que fora construída a partir de 1900 e a primeira que atravessava todos os Estados Unidos. E foi assim que começou a jornada dos quatro integrantes.

Emmett resolveu ir de trem atrás dos dois amigos em Nova York, porém como não havia dinheiro, eles entravam despercebidos em vagões de carga.

Outros personagens aparecem na história, já que ela é contada por todos os amigos em todos os ângulos. Mas também conta sobre Ulisses, um homem que preferiu ir para a guerra do que ficar com sua mulher e filhos.

No final, quando todos conseguem se encontrar em Nova York, Duchess havia cometido o crime de machucar um homem que humilhara Emmett em Morgen e agora a polícia estava atrás dele, e porque também havia matado o diretor de Salinas, porque humilhara seu amigo Townhouse. Ele sempre pagava as dívidas e sempre cobrava elas.

Depois de toda a aventura, no final Duchess e Wolly chegam na casa de praia, acham o cofre. Porém o que Wolly queria era morrer na casa. E quando isso acontece, Duchess fica louco pelo dinheiro. Quando Emmett encontra ele e vê o amigo ameaçando seu irmão, ele decide colocar o mesmo em um barco no rio, pois o mesmo não sabe nadar e assim eles seguem viagem de volta para a direção de São Francisco.


CONSIDERAÇÕES:


Eu de início imaginei que seria uma viagem de ida do início ao fim da estrada, contando sobre toda a sua história, mas na verdade é bem o contrário, ela só serve de plano de fundo. Cada personagem tem uma forma de vista e um estilo de vida diferentes, mas o que o autor soube fazer foi digno de muitas palmas, pois em cada ação sempre havia uma reação com um estilo de moral inclusa, afinal, nenhum deles fazia nenhuma maldade sem um motivo em especial.

O livro conta sobre amizades, perdas, lutos e como cada um vê as oportunidades de uma forma diferente. Me peguei pensando em diversos parágrafos em como a vida nos faz pensar e repensar nossos atos.

Duchess foi o personagem que mais gostei, pois ele tinha todos os lados do bem e do mal despertos, mas ele só os fazia mediante motivos realmente sinceros.

Até as 400 páginas temos muita ação e história, depois começa a ficar um pouco mais lenta a história, até o desfecho que não ficou onde imaginei, mas me fez pensar em como cada um tem uma visão do mesmo momento, mas de formas e sensações diferentes.

👩 Greice Negrini


🌟LIVRO: A Livraria Mágica de Paris

🌟AUTORA: Nina George
🌟EDITORA: 
Record
🌟PÁGINAS:
308
🌟LIDO DATA: 09/2024
🌟Nota: 5/5
🌟INSTAGRAM: @blogandolivros


SINOPSE:


Monsieur Perdu se considera um “farmacêutico literário”. De seu barco-livraria ancorado no rio Sena, ele prescreve livros para todas as dificuldades da vida. Fazendo uma análise intuitiva dos clientes, Perdu identifica e recomenda o livro perfeito para cada um. A única pessoa que ele parece não conseguir curar através dos livros é ele mesmo: há anos vem sendo assombrado pela desilusão amorosa que sofreu quando a mulher de sua vida desapareceu e o deixou apenas com uma carta. Que ele não conseguiu abrir.

Vinte e um longos anos depois, Perdu se vê numa situação em que, finalmente, é forçado a ler a malfadada carta. Na esperança de fazer as pazes com sua perda e descobrir como termina aquela história, ele levanta âncora e parte para o sul da França com uma missão. Na companhia improvável de um escritor acometido por um bloqueio criativo e de um cozinheiro italiano à procura da barqueira misteriosa que roubou seu coração, Perdu navega pelos rios do interior da França compartilhando sabedoria e livros, e demonstrando que o mundo da literatura pode conduzir a alma humana pelo caminho da cura.

 

 

HISTÓRIA COM SPOILER DO LIVRO

Jean Perdu, mais conhecido como Monsieur Perdu é um homem com seus mais de 40 anos, e que vive solitário desde então. Na verdade mora em um prédio em Paris, mas que em sua casa há somente o essencial, um quarto e algumas coisas na cozinha.

Seu maior bem é o barco livraria que ele chama de Farmácia Literária, pois é ali que ele entrega aos seus clientes as melhores leituras, tentando curar a dor de cada um que o procura. E a sua dor é que ele perdeu sua maior amante aos 21 anos de idade. Ela simplesmente foi embora e não falou nada a ele. Durante cinco anos eles passavam todos os verões juntos e depois ela voltava para casa, no sul da França.

Um dia, porém, ela deixa uma carta e vai embora. Perdu nunca teve coragem de abrir esta carta, pois tinha medo do que estava escrito nela. Até que um dia, uma recém vizinha, Catherine, que se separou do marido, ganha uma mesa de Perdu e encontra nela a carta e o faz ler o que estava escrito. Primeiro Perdu achou que iria reencontrar o amor com Catherine, mas percebeu que foi somente uma ilusão.

Na carta estava escrito que Manu estava morrendo de câncer e que se ele quisesse, ela esperaria por ele em sua casa. Perdu leu a carta depois de vinte anos e se massacrou completamente por dentro por ter perdido a oportunidade.

Assim também vamos conhecer Max Jordan, um jovem de 21 anos de idade que escreveu seu primeiro livro, A Noite, e se tornou um grande sucesso e agora ele simplesmente não sabe lidar com esta fama, já que ultrapassa o poder da privacidade.

Quando Perdu, que ainda tem pai e mãe, mas que são separados, resolve ir com seu barco até o sul da França encontrar a casa de Manon, Jordan entra rapidamente em seu barco para ir junto nesta jornada, pois não quer mais ficar e aguentar aquela fama doentia.

Eles começam a travessia pelas rotas fluviais e vão conhecendo também ao redor diversas pessoas diferentes em cada lugar que eles param. Foi numa desta parada que conheceram o italiano Cuneo, que ama cozinhar e dançar tango, mas que também não consegue ficar parado muito tempo em só lugar e decide seguir viagem com eles.

Numa noite, em uma tempestade, uma mulher se joga em um rio e traz o pavor aos três no barco. Mas é ali que conhecem Sammy, uma mulher que trabalha com cultura, mas que já fez de tudo um pouco na vida. É ali que Perdu descobre que a pessoa que escreveu o melhor livro de sua vida estava, Luzes do Sul, de Sanary. Sammy era a autora e também seguiu viagem com eles.

 

Já próximo do final de seu caminho, Max conhece uma moça linda e decide que vai ficar por lá porque quer conhece-la melhor. Também queria novas inspirações para suas novas obras e resolveu que iria escrever para crianças.

Depois de alguns meses, parando e vivendo em algumas cidades, Jean Perdu chega em Bonnieux. Ali morava Manon. Ela encontra seu ex-noivo e descobre que ele sabia da relação de Manon com Perdu e diz que ela ficou esperando ele até seu último respiro. Manon havia desistido do tratamento porque estava grávida e a mulher crescera e se tornara justamente a moça de Max estava conhecendo.

O barco havia ficado com Cuneo e Sammy, que seguiram outros rumos até que Perdu voltasse.

Foi assim que Perdu descobriu que era pai, que sua ex-amante nunca o havia deixado e que ela o tinha amado até sua morte. Assim ele resolveu que agora seu coração poderia respirar em paz e pediu que Catherine fosse encontra-lo, pois ele estava preparado para um novo amor.

Agora ele estava em paz, vivendo no sul da França, perto de sua filha e de onde Manon estava enterrada e iria viver aquele momento como se fosse o último.

CONSIDERAÇÕES:

Este livro me causou uma grande emoção. Eu estava entendendo o quanto Perdu era machucado por um grande amor, tanto que nunca havia dado chances para um novo. Porém, ter descoberto a carta fez com que ele mudasse sua vida e fosse resolver os seus problemas.

Este livro não é somente sobre perdas, é sobre luto, amor, amizade e descobertas. E foi isso o que mais me emocionou. Ver a visão de Perdu e de seus amigos sobre toda a vida e que nada é capaz de determos certas situações.

Vários livros são citados como fontes de inspiração e o livro para mim foi uma poesia de tantas frases marcantes.

É um livro que eu indico de olhos fechados, pois não somente a viagem, mas as pessoas que foram se encontrando no caminho mostram a diferença sobre a visão de vida e como cada um reage a diferentes situações.

Há a continuação agora em Luzes do Sul, contando sobre Sammy e A Fantástica Farmácia Literária de Monsieur Perdu.

 

👩 Greice Negrini