Em abril de 1995, uma mulher estava tentando explicar a seu filho querido o quanto ainda tinha forças para viver sozinha, apesar de sua grave doença e sua idade, passada de setenta anos. Mas não adiantava mais implorar por mais tempo, ela precisava juntar suas peças preciosas e se mudar para uma casa de repouso para que assim ele se sentisse melhor. E foi quando abriu um baú cheio de recordações é que esta mulher precisou voltar ao tempo e relembrar toda uma história, guardada no fundo de sua mente e de seu coração.
Em 1939 Vianne Mauriac está em sua casa na pequena cidade de Carriveau, França, ouvindo sua filha Sophie de oito anos correndo pela casa com o seu pai, Antoine. Vianne morava ali há alguns anos desde que seu pai deixou ela aos quatorze aos e sua irmã Isabelle aos quatro anos com uma empregada e nunca mais voltou. Agora Vianne vivia uma vida feliz, cuidando de sua plantação, ensinando em uma pequena escola e seu marido trabalhando como carteiro na cidade.
Isabelle era um tanto arredia. Foi expulsa de diversos internatos e agora estava novamente sendo expulsa de mais um. Até sua irmã não aceitou ficar com ela depois da morte de sua mãe e o abandono de seu pai e ela foi obrigada a viver sozinha naqueles lugares horríveis. Ia voltar para Paris e enfrentar o seu pai, que tinha uma pequena livraria e morava em um apartamento pequeno. Desta vez ele seria obrigado a aceitá-la.
O que nenhuma delas esperava era que a guerra estava iniciando. Os alemães deram início aos ataques e a Franca começou a ser invadida. O primeiro medo foi quando Vianne viu seu marido ter que ir para a guerra e ela ter que ficar sozinha naquela casa enorme. Sabia o que tinha acontecido com o seu pai depois que ele voltou da primeira guerra e ele nunca mais conseguiu ser o mesmo. Isso não poderia acontecer novamente.
Quando Paris começou a ser bombardeada, Isabelle foi obrigada a ir para a cidade de sua irmã por seu pai. Ele precisava garantir a segurança da filha ou até mesmo livrar-se dela. Os dias que Isabelle passou tentando chegar até a antiga casa mostrou o que ela jamais imaginaria. Milhões de pessoas estava fugindo de suas casas e a fome, a miséria e a destruição acompanhavam as estradas. Logo a morte abriu as portas e as explosões jogavam cadáveres por todos os lados. Quando Isabelle conseguiu chegar na casa de sua irmã, com uma paisagem quase totalmente destruída, ela já tinha tomado a sua decisão.
Isabelle agora com dezenove anos não podia ficar parada e ver alemães matando seu povo. Ela precisava enfrentar o medo e começar a ajudar a Resistência Francesa. Mauriac era totalmente contra, já que temia pela vida de sua filha. Mas logo sua casa foi invadida, seus móveis foram confiscados e um alemão avisou que ficaria aquartelado na casa delas. Um alemão. Um inimigo.
A partir deste momento as duas irmãs tomam caminhos diferentes. Isabelle irá lutar pela liberdade de seu povo e Vianne vai continuar protegendo sua pequena família e seus vizinhos queridos. Até que a morte começa a levar judeus, homossexuais e ciganos. Então Vianne percebe que além da fome e da maldade diária da violência que assiste na cidade, nas filas de racionamento, os assassinatos jamais cessão.
Cada irmã precisa cumprir seu papel. E quando uma delas comete um pequeno erro, tudo pode vir por água abaixo.
Autora: Kristin Hannah
Título Original: The Nightingale
ISBN: 9788580414677
Páginas: 432
Ano: 2015
Gênero: Ficção / Romance / Drama
Editora: Arqueiro
Inspirar, expirar. Inspirar, expirar. É isto que falam quando a pessoa tem uma pequena crise de choro, pânico ou fica completamente em um estado emocional forte, correto? Então eu já pratiquei estes dois passos simples durante a leitura de O Rouxinol. Olhando em primeiro momento para a capa do livro que a Arqueiro lançou aqui no Brasil você vai imaginar que é uma história de amor que provavelmente se passa na França, pela questão da torre de fundo e o que mais? Mais! Muito mais! MUITO.MAIS.
Para começar já posso falar que este livro está sendo adaptado para o cinema. Um ponto positivo e tanto para um livro que foi lançado pela própria autora no ano passado.
Agora, eu, que sou "megamente" viciada em histórias sobre a segunda guerra mundial, que posso citar diversos livros os quais encontrei este mesmo tema, tenho plena certeza em afirmar que O Rouxinol é um dos melhores livros que já li.
O enredo em primeiro momento é baseado na vida de duas irmãs que tem como um trauma de vida ter visto a sua mãe ficar doente e depois que ela faleceu ver o pai abandoná-las e ficar totalmente indiferente a elas. Isto foi algo que fez com que tanto as irmãs quanto o pai se separassem e cada um seguisse seu caminho. Cada personagem possui uma característica, o que faz com que a convivência traga crises e desafetos quando o que todos mais querem é ficar juntos. São diversos personagens que entram e saem da história, deixando marcas profundas nas ações e atitudes que tomam. Cada um tem o seu papel, sendo para o bem ou para o mal.
No cenário desde o início da guerra, em que a Alemanha declara guerra, cada um tem seu papel na história, fazendo que diversas partes da França seja um cenário que traduz os anos da batalha, mostrando a crueldade, a dor, a tristeza que assolou uma nação inteira e milhares de pessoas pelo mundo todo.
Kristin Hannah consegue captar de uma forma fantástica o que se passou naquela época e que eu até então não tinha lido em outro livro. A questão de como os alemães se apossavam de bens e de como aquartelavam na casa onde queriam. A forma como a burocracia perante os inimigos era organizada e até mesmo como a crueldade perante o tratamento de alistamento de judeus foi diferente na narrativa.
No mesmo momento há a reação de muitos que lutaram para que a resistência da França agisse para que a guerra acabasse e também há descrições perfeitas e muito detalhadas de como funcionavam os grupos que trabalhavam para terminar com a guerra.
A autora consegue mostrar os bons e maus corações. Consegue mostrar os que acreditam e os que lutam para que somente seu ego prevaleça perante tudo e todos. E mais do que toda a descrição de uma guerra, os cenários de Paris, das pequeninas cidades, há também a união entre as pessoas de bem, a amizade, a solidariedade.
É uma história que arrebata o coração e que o leitor acaba sentindo que tem nas mãos um objeto precioso. É uma parte de um tempo que ninguém deseja que se repita e ao mesmo tempo que deseja pegar os personagens e colocar ao lado, abraçar e dizer que pode contar com a ajuda. Quem leu A garota que você deixou para trás de Jojo Moyes ou Inverno no Mundo de Ken Follett pode ter uma pequena demonstração do que vai encontrar neste livro.
Um pedaço da história que marcou e marca gerações e que com O Rouxinol marca uma geração literária com perfeição. Uma perfeição de aprendizado e valores que jamais devem ser esquecidos. O amor pode ser brutalmente machucado, mas jamais esquecido.
"Se há uma coisa que aprendi nesta minha longa vida foi o seguinte: no amor nós descobrimos quem desejamos ser; na guerra, descobrimos quem somos. Os jovens de hoje querem saber tudo sobre todo mundo. Acham que falar a respeito vai resolver um problema. Eu venho de uma geração mais calada. Nós entendemos o valor do esquecimento, o fascínio da reinvenção."
--- Pág. 7
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- O sorteio é recreativo, não estando vinculado a nenhuma marca, compra ou venda de serviços.