Marina tem dezesseis anos e mora em um bairro chique. Na verdade, ter uma vida fácil e muito cheia de estilo é um pouco normal para ela já que assim pode conquistar facilmente as coisas. Seus pais não são o tipo de pais que estão sempre presentes e é bem mais fácil estar consolada pela empregada latina do que por eles, que vivem brigando. Mas a real intenção de Marina é há muito tempo a de ter algo a mais do que uma simples amizade com o seu vizinho e melhor amigo James e para isso pode contar com suas leais amigas.
James perdeu os pais em um acidente quando tinha doze anos de idade. Agora vive com seu irmão senador e já está bem avançado nos estudos já que tem um QI bastante alto e fora do normal escolar das outras pessoas. Seu irmão Nate trabalha com a segurança do Estado e James está em um projeto que até o momento ninguém sabe o que é, mas que coloca todo o seu potencial nele.
Quatro anos no futuro uma Ems está em uma cela dentro de um prédio, visualizando um ralo tentando buscar uma solução para o que aconteceu e o que vem acontecendo. O Doutor e o Diretor não tem como matá-la já que sabem que ela é a única informante sobre os documentos que eles precisam. Mas na cela ao lado está Finn, seu grande amigo e que era o melhor amigo de James, que agora, servia como arma para fazer Ems falar.
Até que Ems consegue descobrir algo. Em um papel naquele mesmo ralo em que ela tanto olhava ela percebe que há várias descrições de todas as viagens que ela fez no tempo para tentar evitar o que aconteceu. Várias Ems que voltaram e várias tentativas que não deram certo. Agora a última solução que está escrito é que é necessário voltar e matar o Doutor.
Como fará Ems e Finn para sair de onde estão presos e entrarem na máquina do tempo sem serem interrompidos? E como vão conseguir matar o Doutor e encontrar James e Nate novamente? O passado e o futuro estão atrelados e tudo depende do que eles terão coragem de fazer.
Autora: Cristin Terrill
Título Original: All Our Yesterdays
ISBN: 9788581637983
Páginas: 352
Ano: 2015
Gênero: Ficção / Distopia / Drama / Suspense
Editora: Novo Conceito
Eu preciso começar a falar desta magnífica distopia pela capa extraordinária. Sempre coloco outras capas de versões publicadas em outros países para que haja uma percepção do leitor quanto a isso e tenho absoluta certeza que a Novo Conceito acertou em publicar a capa em que demonstra um relógio na capa. Depois que você lê a história tudo fica bem mais compreensível em relação a escolha e ela é tão bonita quanto o título, fazendo todo o sentido.
Fazia um tempo que não lia alguma distopia. Sempre leio dramas, suspense ou coisa do gênero. Distopia é algo que eu me pego pensando se vou gostar ou se não vai entrar em uma fantasia sem fim e me deixar a ver navios com uma história muito louca e uma enrolação desenfreada com os personagens. Se fosse uma opção, eu nem sequer escolheria o livro o olhando em uma livraria, justamente pela questão de optar por um romance. E eu seria uma tola completa.
Todos os Nossos Ontens me arrebatou. De início já temos os personagens de Ems e Finn mostrando como o futuro se tornou depois que uma máquina do tempo foi criada. E não há tempo para muitas coisas porque sempre tem cenas de ação, o que não me fascinou, não me fazendo enjoar. O legal é que os capítulos vão se alternando entre o passado e o presente e assim não deixa o leitor voando na história, mas é preciso ficar um pouco atento de início para perceber que são os mesmos personagens, somente variando o tempo entre eles.
Tudo é bastante cheio de ação. É muito legal também ver que os personagens mesmo sendo iguais, entre o passado e o presente possuem características bem distintas, já que passaram e passam por transformações completas e dificuldades antes e depois da criação da máquina. A verdade é que ver as mesmas pessoas terem que se enfrentar no mesmo tempo ou terem que lidar com isso parece um tanto quanto louco e o livro faz com que pareça tão fácil na forma com que a autora conseguiu transportar para a história.
Foi a melhor distopia para mim durante todos os livros que li no ano, junto com Fragmentado, e apesar das 352 páginas, desejava que tivesse mais páginas para que a história não acabasse tão cedo. Você não vai conseguir adivinhar o final até ele realmente ser descrito. Imaginei mil situações e nenhum deles aconteceu. E isso é que vale a pena sentir. Não há mocinho ou bandido, há apenas o acaso que resolveu escolher acontecer e que os personagens acabam caindo nas armadilhas.
Um livro perfeito para quem curte o gênero e não espera trilogias. Uma distopia ótima e cheia de momentos de adrenalina. Um épico.